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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Prudência

"Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos." (João 2:24 NVI)

Esta frase me faz ter um momento reflexivo, sobre quantas pessoas estão ao meu redor... E quantas delas eu conheço o suficiente para me confiar a eles (ou não)... 
E a mim? Será que sou uma pessoa confiável?

Qual seria o pre-requisito para considerar alguém de confiança ou não?

Jesus não se confiava a algumas pessoas.. Fico a pensar, quais eram essas restrições e limites que o Filho de Deus colocava entre eles e alguns...

De fato, sabemos que Jesus era amigável. E nem por isso ele se expunha. Acredito que ele buscava equilíbrio em todos os relacionamentos que o cercavam, e em diversas situações ele teve que ser um diplomata...

Estou vivendo uma nova fase. Longe dos amigos que tanto amo e que quão profundo me conhecem.. Estou numa fase de fazer novos relacionamentos, e esta frase que encontrei na bíblia hoje. Me faz ficar mais alerta e me motiva a ser mais discreta e seleta no que dizer sobre mim. Acredito que essa atitude 'e por prudência da parte de Jesus. 

E mais uma vez Ele me inspira a ser uma pessoa completa e satisfeita comigo mesma!

Boa tarde.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Woody Allen _ Mickey


Allan Stewart Konigsberg nasceu em Dezembro de 1935 no Brooklyn, Nova York.
Aos 15 anos entrou para o show business, escrevendo piadas para um jornal local e diálogos para talk shows. Com seu nome conhecido e temendo chamar atenção e receber zombaria por partes de seus colegas de classe, o comediante decidiu usar um stage name de Woody Allen. Allen chegou a fazer stand-up contando suas piadas e eventualmente obteve sucesso com isto.
Depois de adquirir uma certa experiência no palco, o jovem Allen foi convidado, em 1965, a escrever seu primeiro roteiro para cinema, com o filme “O que é que há, gatinha”, dirigido por Warren Beatty. Esta produção foi o primeiro trabalho dele como roteirista e ator. A comédia é peculiar, pois mistura uma atuação exagerada e meio mole com um roteiro contendo ótimos diálogos. O filme conta a estória do playboy Michael James, vivido por Peter O’Toole, que se nega a largar a vida de conquistador e procura a ajuda de um terapeuta (Peter Sellers), que por sua vez também enfrenta seus próprios problemas românticos. Sua estreia como diretor, aconteceu com o filme “O que há, tigresa” em 1966, com um filme peculiarmente anômalo e de cunho experimental. Todo seu elenco é japonês, este filme foi produzido pela indústria fílmica do Japão e o que Allen criou foram novos diálogos para o filme, que não necessariamente estão de acordo com as cenas. É perceptível que o humor concernente ao sexo vem seguindo o cineasta desde então.
Ao longo de sua carreira, os aspectos alusivos aos filmes de Allen têm se destacado, com seus temas variados. O grande cineasta consegue manter as características pertencentes a ele, sendo impossível não reconhecer sua marca em algum trabalho. Os personagens são fatores que deve-se ter atenção, pois a maneira como ele os constrói gera uma certa curiosidade e inquietação, a maneira como enfrentam desafios relacionados ao dia a dia, os medos, desejos, curiosidades, loucuras, ou questionamentos que às vezes não se ousa falar a respeito. Os personagens tendem uma certa verossimilhança com o mundo real, e o cineasta consegue transmitir isto através de uma maneira absoluta.
O filme “Hanna e suas irmãs”, não é uma exceção de identificação e amabilidade com as personagens expostos no filme. Um personagem enredador que entra nas características descritas no parágrafo anterior é Mickey, que trata dos questionamentos da vida como o temor e a incerteza do que acontecerá após a morte.
O fato de Mickey ser hipocondríaco, não é o primordial nesta dissertação, mesmo atentando que os hipocondríacos de natureza encontram problemas de saúde aonde não tem, mas o que chama a atenção é a maneira como ele reage quando descobre o resultado de um exame.
 Mickey procura um médico por causa de um zumbido no ouvido e acredita que por causa disso está perdendo a audição. O médico efetua vários exames e aparentemente está tudo normal. Então, pede que Mickey faça outros exames mais específicos profundos para ter certeza do que está acontecendo. O tempo todo, o médico diz que é um procedimento normal e que não se pode tirar conclusão alguma antes de ter os resultados. A ansiedade de Mickey aumenta de maneira monumental. Curioso sobre seu estado, Mickey entra em contato com um médico amigo da família para saber quais seriam as possibilidades na pior das hipóteses. Este amigo diz que na pior das suposições ele poderia ter um tumor no cérebro que estaria interferindo em sua audição. Esta probabilidade salienta a ansiedade de Mickey, deixando-o com insônia e pensamentos negativos a respeito do que se passa em seu corpo. Neste clima obstinado, em sua próxima consulta à espera do resultado de seu exame, ele cria uma situação em sua mente onde o médico está afirmando que ele tem um tumor e que não adiantaria cirurgia. Ele se depara com a realidade de que está prestes a encarar a eternidade. Para seu alívio o médico diz que ele está ótimo e que os exames não acusaram nada e seja lá o que casou a perda da audição, não era nada de grave.
Qualquer outra pessoa consideraria está novidade sendo uma boa notícia, a vida voltaria ao seu cotidiano corriqueiro e certamente esta pessoa viveria mais intencionalmente aproveitando a boa dádiva que acabou de receber. Entretanto Mickey tem uma reação anormal e intrigante a respeito deste fato com um certo aspecto contemplativo.  Sua grande questão é mesmo que ele não morra neste exato momento ou nos próximos dias por causa desta doença algum dia ele terá que enfrentar a morte e o que espera na eternidade. Por causa desta dúvida ou pela falta de conhecimento, ele começa uma saga em busca de respostas para saber o que acontecerá após a morte. Percorre o caminho da filosofia, psicanálise, chega a pensar que o amor teria a resposta, todavia permanece insatisfeito com o que encontra. Sua busca é aberta e sincera, Mickey se submete a buscar resposta nas religiões, pensando que alguém lhe daria a argumentação pronta e se depara com o fato de que não há contestação. Ninguém sabe como será. Não há relatos científicos do que acontecerá após a morte. Há especulações populares mas nada concreto.
Enquanto Mickey pensa e reflete sobre, a vida após a morte, ele é levado ao ponto que não adianta gastar tempo e energia contemplando alguma coisa que não se pode experimentar essencialmente. Este algo que não está ao alcance do ser que vai usufruir desta experiência gera uma ausência de vida presente, impossibilitando o ser de viver intensamente aproveitando as oportunidades que lhe são colocadas diante dele, abstendo da vida e convívio daqueles que estão ao seu redor. O medo, a insegurança e a graça em reagir ao duvidoso, é a tradução da alma humana. Cada um tem sua persona e amaneira em encarar os desafios são intrínsecos em cada ser humano, que é um ser complexo, e inerte em meio a ansiedade não é capaz de tomar decisões ou atrair elementos positivos ao seu redor.
Contudo, a partir do momento em que pensa por si só, sem buscar preceitos tesos em alguma fonte, o homem é capaz de raciocinar e trazer a responsabilidade de viver intencionalmente dando existência à vida que lhe foi confiada. É fato que a humanidade busca respostas das mais diversas. Chega a ser assustador o fato que nem sempre pode-se bater o martelo sobre algumas questões. A alma foi criada para eternidade, para ansiar por algo além de que os olhos são capazes de ver, e resposta estará na insaciedade de cada ser em buscar sua polêmica.
É cômico como hipocondria, fé e crise existencial se perpetua nos temas de Allen, dando uma percepção de quão complexo são seus personagens. E quem não é complexo? Quem não busca respostas para grandes questões? O que não deve acontecer a todos que estão em busca de respostas é o conformismo causando preguiça na mente, que pode atrofiar o desejo de ir em busca do desconhecido.

Seja desafiado a pensar.

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